quinta-feira, 17 de junho de 2010

Nada acontece por acaso


 Olá leitores e leitoras rsrs


     Estive ausente por mais de um mês, juro que gostaria de escrever todo dia, mas estou sem tempo ultimamente. No entanto, para não perder o estímulo vim aqui publicar um texto escrito por mim em 2008. Encontrei-o guardado em meio aos meus e-mails, é uma soltura de palavras e sentimentos mal organizados na intenção de um breve desabafo sobre um determinado acontecimento em minha vida e na vida de alguns amigos (Falo amigos, pois inspirei-me em exemplos da vida deles também). Em decorrência das fases da vida, todos nós ganhamos e perdemos em algum momento e num discurso breve e simples descrevi esse texto que gosto muito. Não sei se irão gostar, mas empreguei aqui a minha opinião sobre fatos ruins que nos acontecem, pois acredito que tudo tem um porquê.


Segue abaixo meu antigo desabafo (rsrs):

Tudo na vida tem um motivo,uma razão de ser e acontecer.
Nada... Nada mesmo é por acaso.
Às vezes pensamos que algo deu errado, que a vida tomou um rumo diferente do que esperávamos.
Imaginamos e acreditamos num amanhã que nem ao menos sabemos se chegará.
Planejamos uma união com alguém e esse alguém vai embora antes de assistir ao filme combinado, antes de contemplar o pôr-do-sol juntos, antes de te dar aquela massagem especial, antes do fim de semana na praia, antes de ouvir a música que você ia tocar no piano para ela, antes de tanta coisa que ainda estava para acontecer...
Às vezes acontece de uma amizade que estava indo tão bem acabar sem que você ao menos saiba o motivo, talvez por uma palavra dita, ou talvez não dita.
E ai você chora, reclama, se sente culpado ou culpa o outro por algo que nem você nem ninguém tem o controle.
A perda, o rompimento, a história inacabada faz parte da vida, da existência humana.
Acaba-se algo para que novas coisas aconteçam.
Dói? Sim, dói! =( Mas tudo é permissão de DEUS.
Pare e pense: Sempre um acontecimento leva a outro, seja aquele bom ou ruim.
Perder um amor ou uma amizade pode te levar a outras histórias, ou então te dar a oportunidade de estreitar laços com outras pessoas, dando-te experiências até mesmo para consolar mais na frente alguém que certamente passará por isso também (sim, porque todo mundo um dia passa por isso)... E assim vamos vivendo.
Se hoje algo de ruim te acontecer, certamente coisas boas estão por vir.
Mas permita-se chorar se algo te deixar triste, você não tem que ser forte o tempo todo... mas chore com a certeza de que O MELHOR SEMPRE VEM DEPOIS!!!
Nada dura para sempre, nem mesmo a nossa dor.
O importante é saber que a vida toma o rumo que deve tomar,de acordo com o caminho que cada um de nós escolhemos. Aceite as consequências de suas escolhas, se você pode mudar algo então mude. Agora se existe algo que você não pode mudar, algo que já tentou modificar por diversas vezes e não houve resultado (sim, pois para dizer que não consegue é preciso ter ao menos tentado por diversas vezes) não se desespere,  tudo passa...
Seja feliz, viva a vida, viva o hoje, ame intensamente e não escute o que não te faz bem e seja a melhor pessoa que você puder ser, independente do que os outros pense ou falem ao seu respeito.
Aceite antes de tudo suas vontades, viva o hoje, pois é a única certeza que você tem.O arrependimento normalmente vem daquilo que você deixou de fazer, dizer , VIVER.
Você certamente passará por essa vida só uma vez (pelo menos é como imaginamos), então permita-se ser feliz, ter seus momentos... seus que só você lembrará, que fará parte da suas lembranças mais profundas. Coisas desagradáveis acontecem todo dia, mas isso não deve impedir você de viver coisas boas.Aprenda também a perdoar! Aprenda a escutar-se, ouça o seu coração e aprenda a dizer SIM a você mesmo.

Acredito que quando chegar aos 80 anos dirá que foi feliz...

E é isso...

Psiu: E algumas coisas podem não voltar a ser como eram antes, mas podem torna-se muito melhores com o tempo, caso tenha paciência para esperar o momento de recomeçar. ;)


* Inspiração Zp*


Escrito por Liliane Sá

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ninguém sabe quando será a última vez...

  

   Uma nova experiência paira em minha vida neste momento e juro que não tinha conhecimento da força que morava dentro de mim. Algumas pessoas sabem que nas últimas duas semanas eu estive continuamente acompanhando minha avó no hospital. É curioso, pois minha vózinha já está quase completando 100 anos e me vem à dúvida ao coração: Posso eu pedir a Deus mais uns anos de vida para ela? Sinto-me em transe e só peço que ela não sinta dor e que fique bem, fora isso não sei se tenho direito de pedir mais alguma coisa. Semana passada o médico nos deu uma noticia nada boa e foi para o espaço qualquer esperança. Ele me chamou e de um jeito resumido me falou: Não tem mais jeito! (...) Finquei meus olhos nele e não disse nada. Dizer o quê? Voltei para o quarto onde minha vó está e segurando a mão dela contive o choro que há tempos estava escondido em minha alma. Sim, eu sei que a morte é certa para todo mundo, mas nunca deixará de ser dolorosa. Fiquei ali calada só apreciando o momento que a mim foi dado, o momento EU e ELA. Já está com alguns dias que ela não fala nada, mas às vezes aperta minha mão quando eu peço.
     Confesso que em alguns momentos de medo eu fiquei com vontade de sair correndo, de entrar no meu quarto, trancar a porta deitar na minha cama e chorar por horas. Mas pensei que entre me trancar e minha vó ter pouco tempo de vida havia uma contradição e sem medo de desconsiderar aquilo que naquele momento era doloroso para mim, me perguntei: “-Eu fico sabendo que minha vó tem pouco tempo de vida e vou ficar deprimida ou vou aproveitar o tempo que me resta ao lado dela?”. Fugir, ficar deprimida seria fazer o jogo contrário. Eu não posso modificar os fatos, não posso arrancar a doença dela, não posso rejuvenescê-la, mas posso me manter firme e forte para que a repercussão da enfermidade da minha vó não me deixe enferma também.
     E agora eu só quero pensar na possibilidade de viver bem o tempo que ainda nos resta, sendo a melhor neta do mundo, dando a ela a segurança que ela precisa nessa hora. Sei que não posso mudar o quadro, mas eu quero mudar a moldura, pois não tenho como modificar a cena final. Estou ciente de como essa estória terminará, mas estou tentando estabelecer agora um jeito diferente de interpretar isso. Ao invés de pensar na minha dor, no meu sofrimento, vou olhar para minha vózinha e ajudá-la a viver essa hora ficando ao lado dela em todos os momentos que eu puder e tentar celebrar a vida que ela ainda tem. Não quero antecipar dor nem a tristeza que será, pois sei que vai vir e é inevitável, mas estou tentando descobrir (e sei que estou conseguindo) um significado para a vida nessa hora. Não sei quanto tempo eu tenho ainda ao lado da minha vó, mas vou vivê-los com qualidade.
     Eu estive lá quando ela ainda estava falando, pude brincar com ela, pude ouvi-la brigar com as enfermeiras, pude escutá-la rir, pude sentir sua mãozinha quente e o melhor pude ser abençoada várias vezes por ela e eu não trocaria esses momentos únicos por nada.

     LILIANE: - A bênção vózinha!
     VÓ: - Deus te abençoe!!!

     Diante das dificuldades que nós temos algumas reações é possível, o grande problema é não reagir. A maioria das pessoas se trancam na estrofe triste e acabam de alguma forma tentando se defender da dor que aquilo pode causar e fogem. É fácil se trancar no quarto, é fácil fechar a porta para as soluções, adornar desculpas para se manter longe do problema. Enfrentar os desafios requer muito esforço. Sei que em muitas ocasiões na minha vida eu escolhi o caminho mais fácil, aqueles menos doloroso, por vezes até fugi. Mas não quero fazer isso agora, não quero fugir, quero enfrentar este momento com serenidade e enfrentar as situações que virão de tudo isso...
     O que vai acontecer depois que tudo isso terminar eu não sei, mas sei que a nossa vida é sempre qualificada a partir de dois sentimentos muito comum dentro de nós, ou nós temos saudades boas do que a gente viveu ou nós temos remorso. É no que você está fazendo hoje que você descobre se você está construindo saudades ou construindo remorso. Tudo depende das escolhas que você fez durante o dia. A cada dia você tem matéria prima de futuro, tudo que você escolheu, tudo que você falou, tudo que você ouviu, desejou, fez, tudo é matéria prima que um dia vai virar saudade boa de lembrar ou vai virar remorso.
     Eu tenho sorte e agradeço a Deus por não ter perdido oportunidades preciosas de momentos que vivi ao lado dela, pois depois que ela partir não terá mais como. Aliás, muito do que vivi nos últimos dias já viraram lembranças, pois ela já não é a mesma de antes.
     Não é fácil descrever tudo isso e não tenho a intenção de deturpar o que estou vivendo. Muitas coisas mudaram o sentindo em minha vida com essa experiência de ver tão de perto uma pessoa que eu tanto amo indo embora assim devagarzinho, me fazendo pouco à pouco aceitar essa separação que antes me era tão assustadora.
Então meus amigos, deixo aqui pra vocês mais uma lição:
     Minha vózinha se viver irá completar 100 anos no próximo mês, só Deus sabe se ela chegará com vida até lá. Mas hoje em dia nem todo mundo tem a sorte que ela teve de viver tanto tempo, a vida da gente muda em segundos. Hoje as pessoas que vocês amam estão com vocês, estão com saúde, vivas. Mas e amanhã? Será que estarão?
     Não quero incentivar ninguém a viver pensando na morte, o que quero é dizer que aproveitem, utilizem a oportunidade que vocês têm hoje de dizer que amam que perdoam que sente saudade. Aproveitem para abraçar, dizer o que tem vontade, pois a única certeza que temos é o aqui e o agora. Amanhã ninguém tem como saber o que será...

Escrito por Liliane Sá

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A ervilha solitária!!! Nem comece a ler isso, não vale a pena! rsrs

Boa noite,

São exatamente 00h06min e eu estou sem sono, daí me restou vir aqui escrever para passar o tempo.

Esses dias tenho ido ao hospital acompanhar a minha Vózinha que está internada, mas não quero tocar neste assunto agora. Vou falar de um acontecimento na hora do almoço. Tenho almoçado lá todos os dias, imagine só uma comida “deliciosa”, completamente sem sal, o cheiro não me agrada em nada, fora que sempre vem carne vermelha que definitivamente não como nem nessa vida, nem nas próximas dez se eu reencarnar. Então, ao meio dia chega aquele prato gigantesco, três vezes maior que eu, marmita de operário de fábrica mesmo, com direito a divisórias (graças a Deus, senão a carne iria se misturar ao restante da comida) e tudo. No primeiro dia, minha esperança era almoçar em qualquer lugar fora do hospital ou até mesmo na cantina de lá, mas foi impossível sair do quarto para qualquer coisa que fosse, daí tive que encarar a “marmitona”. Quando a enfermeira me entregou eu pensei: ”-Nossa, que cheiro ruim! Tô lascada, ou eu como ou eu sou a próxima a ficar internada. =/ Caracas viu.” E comecei o processo de abrir a tampa do negócio, pedindo a Deus inutilmente que viesse um pedaço de queijo. O quarto da minha avó nesse momento estava com três enfermeiras e duas moças da limpeza, todas conversando ao mesmo tempo e eu azul de fome criando coragem para comer no meu cantinho ao lado da cama da minha avó. Finalmente abri a ” marmitona”... RS. Sério, pra que aquela quantidade de comida? A carne no canto esquerdo acima, o feijão no canto direito ao lado e abaixo o macarrão à esquerda, arroz ao meio e verdura mal cozida no canto direito abaixo. E fiquei olhando aquela comida, olhava para a galera conversando no quarto, voltava a olhar para comida e curiosamente encontrei ao centro da “marmitona” uma ervilha, sim, uma única e solitária ervilha, passei a vista por todo o prato e concluí que ela era a única mesmo. Ahauhau... “-Ué! Mas o que essa ervilha ta fazendo aqui?” Me perguntei em silêncio. E lá vai a minha imaginação nada fértil para as alturas rsrs. Enquanto as enfermeiras tentavam encher um colchão de água e as moças limpando o quarto, eu no meu cantinho senti uma enorme vontade de rir, tudo por conta daquela ervilha sem sentido em meio ao prato. Automaticamente lembrei-me dos pastéis de “vento” que eu comprava na escola em épocas de infância onde costumava brincar dizendo que quem achasse o queijo dentro do pastel ganhava um brinde. E acreditem! Eu pensei em gritar: “-ACHEI a ervilha perdida!!!! “. Claro que eu não faria isso, mas só o fato de imaginar-me gritando fez com que eu gargalhasse por dentro. Depois pensei em fazer um pedido antes de comê-la ahuahahuahu. Ué! Vai que é a ervilha da sorte. Resumindo, eu trocaria o prato inteiro por um prato somente de ervilhas, mas certamente eles não tinham como dar nem dez ervilhas para cada acompanhante, faz idéia um prato. Acabei comendo a ervilha, sem gritar e sem fazer o pedido, tentei comer um pouco mais, mas foi difícil... Nos dias posteriores não veio mais nenhuma ervilha no prato e eu fiquei perdidamente frustrada, acho que perdi o brinde ou no mais grave o meu pedido... Agora vou ter que esperar alguma estrela no céu cair... ahauhauahua
Thiago falou que eu deveria ter feito o pedido... ahhhhhhh =/ rs. Isso que eu chamo de auto divertida RS. Fala sério!!!
Nossa... Que pensamentos ridículos para alguém da minha idade. Concordo até com quem pensar assim, mas de alguma forma isso me fez por um momento esquecer a situação que eu me encontrava e pudesse por um instante sorrir.

Agora sério mesmo, em meio a alguma situação ruim desvie um pouco o foco do seu pensamento, seja lá qual for a sua imaginação, a mais boba que seja, isso aliviará por segundos, minimos que sejam, a dor do seu coração!


Beijos a todos e foi mal o besteirol... ahauhaua
Parei de Lilianezar por hoje!!! ;)

Escrito por Liliane Sá

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A tal da Lagarta! rs

Olá,



Essa é a minha primeira postagem, eu estava de boa navegando ontem na internet- dia 02 de maio - e me veio o devaneio de criar um blog. O motivo? Bom, talvez o mesmo que leva milhões de pessoas a fazer-lo.Creio eu que seja falar ao mundo. Dividir pensamentos muitas vezes aprisionados em minha mente.

Esses dias eu estava lembrando uma perguntinha que a filha de minha amiga me fez, ela perguntou:
"- A borboleta quando nasceu, era uma minhoca?" (risos)
Contive-me para não cair na gargalhada e respirando fundo eu respondi:
"-Não, a borboleta era antes uma lagarta."

E ao falar a palavra LAGARTA lembrei determinado momento que certa pessoa, da qual tive uma desavença me chamou de lagarta. Recordo-me que ela usou a palavra de maneira ofensiva e não me lembro ao certo qual foi minha resposta, mas se eu tivesse parado para pensar certamente responderia no mínimo de maneira inteligente. Acredito que essa pessoa não lembrou que o destino da lagarta é virar borboleta? É EVOLUIR, se transformar. Não há nada na lagarta que diga que ela irá ser uma linda borboleta, já dizia algum poeta que eu não me recordo o nome agora. Realmente se isso não fosse um fato já conhecido por toda humanidade (creio eu) e víssemos uma lagarta pela primeira vez não iríamos crer que ela iria criar asas e voar. E eu me pergunto, será que essa pessoa que teve intenção de talvez me ofender chamando-me de lagarta se deu conta que me fez um fugaz elogio? Ou será que foi o contrário, que o verdadeiro propósito era mesmo me gabar? Talvez eu nunca saiba a resposta, embora alguns motivos levam-me a crer que foi uma afronta, mas eu como boa selecionadora das palavras que chegam até mim irei receber essa expressão LAGARTA como um louvor.
 
Bom, o fato é que para quem não sabia ainda o que escrever isso me gerou um bom tema. (risos)

O mistério da crisálida! Antes de começar quero esclarecer que a palavra crisálida exprime ao estado do inseto (lagarta) antes de se tornar borboleta.

Vamos lá!:)
Para aqueles que são presenteados todas as manhãs com o milagre de mais um dia de vida, o tempo é algo insustentável. A partir do instante em que uma criança nasce ela metaforicamente entra em seu casulo, ou seja, na crisálida que é a vida.

Estamos em constantes mudanças assim como a água que corre e não deteriora, pois água estagnada apodrece. Penso eu ser esse talvez o caráter distintivo da vida.

O que torna uma borboleta diferente da outra? (usarei o termo borboleta para patentear cada identidade pessoal, ou seja, cada ser humano). O lugar onde moramos, as pessoas as quais nos relacionamos, as escolhas tomadas em relação a qualquer acontecimento, se faz calor ou frio, se levanta cedo ou tarde, qualquer que seja a decisão altera os fatos e transforma a vida de cada um. Muitas mudanças em nossas vidas costumam serem dolorosas, outras não, o fato é que na vida tudo que começa um dia termina. Claro, há o acontecimento natural de que quem nasce vai um dia morrer, mas a morte não está relacionada ao o único fim, ou seja, esse não é o único fim definitivo. Qualquer alteração em nossas vidas ocorre com a morte de outro estado de ser. Confuso!? Tentarei ser mais clara. ;)

Se eu mudo de cidade morre para mim a vida que eu tinha na cidade anterior, se eu corto o cabelo curtinho morre para mim a Liliane de cabelos longos. Claro, você pode está pensando: -“E se você voltar à cidade de onde partiu e deixar os cabelos crescerem?” Eu te respondo: Ainda assim não irei ter de volta o que antes morreu, pois será uma nova época, um novo amanhã e uma nova vida. Parece radical não é?

O passado tem que passar queridos, é algo que acabou não há mais volta, acabou já era. Tudo que vivemos deve ser absorvido como experiência, aprendizado e não fonte de aborrecimento, algo a se remoer. Temos que seguir em frente. Lembrar o passado sim claro, mas para buscar nele o que você aprendeu e não para viver dele. Não se vive de acontecimentos passados senão você não consegue sair nunca da crisálida. Use o passado como seu casulo, como o local que você se desenvolveu para ser o que é hoje.

Quando o passado é aprisionado em nossa mente, seja ele bom ou ruim, ele nos paralisa e o impacto que o passado tem sobre nós provoca-nos um processo de desesperança, alias grandes desesperanças nascem de coisas pequenas que nos fizeram mal no passado e que a gente não deixou que passasse. Há pessoas que colocam muita atenção em fatos passados, é como se aqueles fatos conseguisse atingir algum lugar da nossa alma, aquele lugarzinho mais intimo que é capaz de provocar as nossas esperanças, as nossas alegrias. Acontecimentos ruins têm o poder de nos paralisar para as coisas boas. Mas o que temos que pensar é que na vida há muitas coisas boas, há muitas estradas a seguir, mesmo que por alguns momentos na vida corremos o risco de pensar que numa determinada curva do nosso caminho a estrada acabou, são os momentos das dores, dos sofrimentos em que a gente não sabe fazer a travessia. Eu acredito que existem momentos em nossas vidas que são de fundamental importância para que a gente tenha condições de ultrapassar e chegar ao outro lugar. Lembra da ponte? A ponte é um mecanismo que nos permite ir de um lugar ao outro, ela é transitória, você passa por ela à medida que você precisa continuar seguindo em frente. Muitas vezes podemos encontrar obstáculos adiante, esse obstáculo pode ser o medo, o sofrimento. O sofrimento se presta na vida humana da mesma forma que uma ponte se presta a nos fazer chegar do outro lado, e o grande desafio é a gente não enxergar na ponte a realidade definitiva, pois se a gente olha somente para a ponte, não conseguiremos ver o que tem do outro lado. Sofrimentos, medos, costumam serem lugares de travessia, através deles nós conseguimos alcançar coisas mais nobres, lugares melhores que até então as alegrias não haviam nos proporcionado. Pessoas inteligentes são pessoas que consegue fazer as travessias o tempo todo, pois os sofrimentos são benéficos, aliás, eles deixam de ser bons no momento que olhamos para eles como sendo algo determinante ou definitivo. Não! Eles são apenas passageiros e nós sabemos muito bem disso. Quem nunca sofreu na vida? E muitos dos nossos sofrimentos passados são vistos hoje de uma forma muito redentora. Hoje vivemos outras pontes, outras travessias e cada dificuldade diária se prestam a ser pontes para nos ajudar a chegar ao lugar que Deus preparou para nós.

A lagarta vive, se transforma, aproveita o contentamento de ser uma linda borboleta, voa , embeleza o mundo e encanta os olhos de quem a ver passar. Um lindo instante que se eterniza na mente dos transeuntes. E então quando ela chega ao ápice de sua vida, quando o pobre inseto não possui mais a capacidade de mudar, ela morre.
Viver é adentrar em uma crisálida. Não há meio de impedir esse milagre de acontecer, essa metamorfose é que permite a individualidade e constrói a história de cada ser.

Portanto, deixem o passado passar, viva o hoje, abra suas asas e voem como borboletas...

“A cada dia merece o seu cuidado”

A todos o meu carinho e admiração, desejo que os que me amam continuem a amar, e os que ainda não tenham afeto por mim passem a me conhecer melhor antes de me julgar.

Escrito por Liliane Sá.